Ouça o áudio da coluna Revolução, da rádio BandNews Fm, na barra abaixo:


Quando Jean Grey, a Fênix dos “X-Men”, surgiu nos quadrinhos dos anos 60, todos ficaram impressionados com seu poder de telecinese, levitando pessoas e objetos com a força do pensamento. A incrível capacidade de usar a mente para causar estímulos externos parece algo restrito ao mundo dos mutantes, mas tudo indica que agora essa habilidade estará disponível para todos.

O desenvolvimento da tecnologia propiciou a criação de acessórios que leem ondas cerebrais e transmitem as reações que sentimos no plano exterior. E já existem diversos cases sobre isso.

Uma empresa que chamou atenção durante a Hong Kong Toys and Games Fair 2016, foi a Soap Studio. Aproveitando a popularidade das franquias de super-heróis hollywoodianos, ela adquiriu os direitos de Batman para produzir jogos de Realidade Virtual. Mas a sua grande sacada foi de introduzir a leitura de ondas cerebrais na brincadeira.

Utilizando um sensor que é acoplado na cabeça e testa, o acessório capta os sinais emitidos pela mente e os traduz em movimentos no jogo. Mas não vai achando que é fácil. Os jogadores precisam manter 100% de foco enquanto se divertem, pois, caso contrário, o seu Batman poderá cair. Veja abaixo um breve vídeo sobre a funcionalidade do acessório:

A Necomimi, por sua vez, traz uma abordagem mais “kawaii” em suas inovações, ou seja, algo infantilizado, bonitinho, cheio de cor e que lembra gatinhos fofinhos (ou coelhinhos, se preferir), perfeito para quem é adepto da arte do cosplay.

A empresa de tecnologia desenvolveu orelhas de gatos as quais são acopladas na cabeça como uma tiara e que possuem um pequeno sensor que toca a testa. Ao ler as ondas cerebrais, as orelhinhas reagem, transmitindo sensações de relaxamento e foco iguais as que se verificam nos animais.

O acessório funciona em três passos. Primeiro, os neurônios disparados no cérebro soltam os impulsos elétricos, que são lidos pelo sensor da testa. Depois, as orelhinhas capturam os dados das ondas cerebrais, filtra os ruídos elétricos e interpreta seu pensamento com algoritmos de atenção e meditação. Por último, seu estado mental é traduzido nos movimentos das orelhas para que todos possam ver o que você sente.

Veja o vídeo abaixo:

Infantilização da era digital
A alusão a coisas infantis remete a uma reflexão que estamos vivendo enquanto sociedade. Diversas marcas e inovações usam as regras de concepção e vendas de produtos infantis para o mercado adulto. Isso podemos concluir ao dar uma olhada nos logos de empresas e aplicativos que estão aí hoje: todos são coloridos, chamativos, remetem a brinquedos simples e bem infantis. No vídeo abaixo, você confere a mudança de imagem que as companhias sofrerão nas últimas décadas. Será isso uma resposta ao fato das coisas terem se tornado excessivamente complexas e tecnológicas? Fica aí a reflexão.

Fontes:

CNN | Necomimi | Soap Studio 

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