Foi divulgada a lista de patenteadores no USPTO (sigla em inglês do escritório americano de marcas e patentes) referente ao ano de 2015.

É uma oportunidade para se avaliar o ocorrido nos primeiros 15 anos deste século. *1

O Brasil que foi mediocre no século passado, nos primeiros anos deste século já foi ultrapassado e com velocidade supersônica pelos outros emergentes.

Na prosperidade dos últimos anos os tigres Asiáticos construíram “escolas e fábricas e a América Latina Shopping centres” e o Brasil exportou consumo.

Enquanto o Brasil registrou 323 patentes em 2015 a China quase 9 mil patentes e a Coreia do Sul quase 18 mil patentes

Por exemplo, entre 2000 e 2010, as vendas internacionais brasileiras de produtos de alta tecnologia só aumentaram 36%, ante 873% da China e 389% da Índia.

A era da confiança e da disruptura radical. Os desafios do Brasil. 

Os desafios culturais para inovar,  precisamos aprender a compartilhar, e para compartilharmos é preciso confiar.

A desunião entre academia, iniciativa privada e políticas eficientes governamentais coloca o Brasil na época do barco a remo.

A Política Brasileira atingiu um patamar de descompostura capaz de impressionar Bárbaros e escandalizar romanos

Precisamos de politicos e políticas governamentais que acelerem a inovação e não sejam a barreira da inovação.

Passos de tartaruga?

O registro de patentes leva três vezes mais tempo no Brasil do que no restante do mundo

Por exemplo, o tempo médio de espera por uma resposta do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) quase dobrou no mesmo período.

Em 2003, no caso de invenção, a demora era de pouco mais de seis anos. em 2013, chegou a onze anos.

O presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Luiz Otávio Pimentel, afirma que se o Brasil não investir em propriedade intelectual, será um “fusca” na corrida com os países desenvolvidos.

“Por mais que haja esforço e o piloto e equipe forem muito bons, se entrar com um fusca em um grande prêmio de Fórmula 1 com os grandes escritórios do mundo, não vamos conseguir boa classificação”, comentou, durante o lançamento da quarta edição do relatório INPI, sobre a percepção do setor privado em relação ao regime de propriedade intelectual (PI) no Brasil.

Em vídeo abaixo, ele admite que no INPI os processos, ainda são feitos em papel ou digitalizados com baixa qualidade.

Para analisar rapidamente os mais de um milhão de pedidos de registro de marcas e patentes em aberto no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é preciso aumentar em pelo menos vinte vezes o número de examinadores, de acordo com Pimentel. “Considerando uma produtividade anual de 45 exames para cada avaliador, precisaríamos de 5.050 examinadores para sanar o backlog (estoque de marcas e patentes não analisados) em um ano.”

O instituto conta atualmente com 193 examinadores – mais 70 que vão começar no segundo semestre, somando o contingente para 263 – para analisar 230 mil pedidos de patente e 860 mil marcas.

“Sem novos avaliadores, levaríamos 19,2 anos para examinar tudo. Os números não são alentadores”, admite Pimentel.

Mesmo com os esforços, o backlog deve aumentar em 2016.

“O número de saída de processos está sendo maior que a entrada, mas isso está muito longe de resolver o problema.”

Global Innovation Index; link aqui

O estudo realizado pela Universidade Cornell, pela Escola de Pós-graduação em Negócios (INSEAD, localizada na França) e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO), apresenta os países que mais se destacaram na promoção de um ambiente favorável à inovação. O tema central do estudo é  “A efetividade das Políticas de inovação e do Ambiente de Negócios para a Competitividade.”

A pesquisa analisou indicadores relacionados à inovação, política, economia e outros fatores importantes para o desenvolvimento de novas tecnologias e serviços em 141 nações.

Cada um dos 141 países receberam avaliações de 1 a 100 no índice total.

O Brasil ficou na 70ª colocação no ranking Global, representando uma queda de nove posições em relação ao ranking de 2014.

A pesquisa colocou o Brasil na 99ª colocação de Índice de Eficiência.

Muito pouco para uma país continental como nosso, não acha?

O índice de eficiência é o resultado das economias que promoveram um ambiente em prol da inovação com menos recursos, bem como os países que apresentam potencial inovativo e que não conseguiram desenvolver com sucesso. Logo, as colocações do ranking global e de eficiência são diferentes. Os suíços, por exemplo, ficaram em 1º lugar geral e em 2º no Índice de Eficiência.

Os cinco primeiros do Índice nesse ano foram: no primeiro lugar está a Suíça (1º em 2014); em segundo aparece o Reino Unido (2º em 2014); na terceira posição está a Suécia (3º em 2014); a quarta posição ficou com a Holanda (5º em 2014); e na quinta posição está os Estados Unidos (6º em 2014).

Porque as nações falham

Em 2012, o economista Daron Acemoglu e o cientista político James Robinson publicaram “Why Nations Fail” e defendem;

“As verdadeiras origens da riqueza das nações não são a geografia, recursos naturais ou cultura. Em vez disso, são instituições como a democracia, direitos de propriedade e o poder da lei.

Grandes nações tiveram coragem de promover mudanças radicais em tempos de crise.”

Chegou a hora do Brasil? Teremos coragem de sair das capitanias hereditárias e do Capitalismo de Compadre?


Alguns pensadores da inovação Verde & Amarelo.

Carlos Nepomuceno e sua Nau 2.0 + Aqui

Silvio Meira colocou Pernambuco e o Brasil no mapa da Inovação global. + Info aqui

Flavio Pripas do Cubo.cc e Renê de Paula Jr e seu Pioneirismo da inovação no Brasil. + Infos Cubo Network +  Flavio Pripas + Rene de Paula Jr 

Os caminhos da inovação com Martha Gabriel e sua pesquisa do Brasil que está criando. + Infos Projeto Caminhos da Inovação +  Martha Gabriel 

GE discuti a percepção da inovação e o que está mudando no Brasil + Infos aqui

 Luiz Otávio Pimentel, presidente do INPI

Falo sobre os caminhos da inovação para os próximos anos.

Links de pesquisa

Presidente do INPI compara Brasil com “fusca” competindo com carros de Fórmula 1 na área das patentes

Harvard Business Review Brasil

Portal CNI

*1 Cabe explicar que a patente tem valor apenas no país que a concede. Portanto, não existe uma patente mundial. * Jornal Valor Economico 

1 Comentário

  1. Ola excelente informacoes, tenho uma holding de empresas e preciso registrar a marca, irei entrar em contato.

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