Você pode ouvir a coluna Revolução, da rádio Band News FM, na barra de áudio abaixo:

Com o mote “Uma vez que começamos, não desistimos”, a empresa chinesa Ehang chamou atenção dos polos tecnológicos mundiais ao anunciar que estava construindo um drone capaz de transportar pessoas. Isso mesmo! Uma máquina aérea capaz de levar pessoas no melhor estilo de filmes como “AI: Inteligência Artificial” e “Minority Report”.

Chamado de 184, o modelo lembra uma mistura de carro com helicóptero, com as características quatro hélices dos drones. O veículo funciona à base de eletricidade, pesa quase 200 quilos e um pouco mais de 1,5 metro de altura. Um dos grandes triunfos dessa inovação dos transportes é que a máquina é completamente autônoma, ou seja, basta aos passageiros selecionarem no visor, ou dispositivo móvel, o trajeto que se quer fazer para aproveitar a viagem e apreciar a paisagem do alto.

Como o projeto ainda está em processo de finalização, sua execução não permite grandes viagens, por enquanto. A Ehang afirma que o 184 tem autonomia para percorrer 16 quilômetros a uma velocidade aproximada de 97 km/h.

A inovação segue três filosofias:
– Segurança Absoluta
– Automação
– Plataforma de Gestão de Voo Sincronizado

A história por detrás da Ehang e do drone que transporta pessoas percorre um caminho difícil e de muito esforço. O CEO da empresa, Huazhi, sofreu várias perdas de entes queridos que estavam envolvidos em seu projeto de veículo aéreo, mas não desistiu de seu sonho de poder construir uma inovação que realmente pudesse elevar a qualidade dos transportes, sendo a segurança uma de suas principais preocupações. Veja o vídeo que conta um pouco da trajetória da companhia:

Voltando no tempo, a história da aviação conta com a participação de um ilustre brasileiro, o internacionalmente conhecido Santos Dumont. Homem inovador, ele viajou o mundo e desenvolveu um dos primeiros aeromodelos, o famoso 14-Bis, a percorrer um trajeto de considerável distância no ar, sendo testemunhado pela mídia e curiosos, nos campos de Bagatelle, em Paris. Ele viajou por 60 metros e a uma altura de 2 a 3 metros.

Fala-se em “um dos primeiros”, pois há uma polêmica em afirmar quem foi, de fato, o primeiro a voar em um planador. Dumont rivaliza com os Irmãos Wright, dos Estados Unios, a façanha. Os pormenores revelam que enquanto Dumont fazia testes públicos e fartamente testemunhados, os Wright treinavam “escondidos”, não fazendo apresentações à frente do público.

Existem outros indícios que apontam que o invento dos irmãos utilizava catapultas para soerguer voo, o que os tiraria da definição de aeromodelo, mas, o fato é, que atualmente, há maior consideração em chamar os Irmãos Wright de “pais da aviação” do que Dumont – embora o termo “pai” também seja posto em dúvida por causa das ideias e invenções de uma série de pessoas que vieram antes e que contribuíram enormemente para o avanço dos aviões que temos atualmente.

Abaixo, um documentário sobre a vida do cientista brasileiro:

Um personagem histórico curiosíssimo é o Alfaiate Voador. Franz Reichelt nasceu na Aústria em 1879 e era fascinado por invenções e aviação – algo extremamente novo e incrível na época. Após a concretização dos primeiros voos, Reichelt começou a pensar na possibilidade do piloto e passageiros de terem que pular da aeronave e, por tanto, precisariam de um equipamento que permitisse uma queda suave quando atingissem o chão. Eis que surge o protótipo do paraquedas moderno.

Seus primeiros experimentos utilizaram manequins agrupados com “asas” de seda dobráveis e jogá-los do quinto andar de um apartamento. As tentativas foram um sucesso, o que o incentivou a continuar trabalhando. Reichelt, contudo, não teve um final feliz. Após diversos avanços no seu paraquedas, ele resolveu fazer um teste público, saltando da primeira plataforma da Torre Eiffel com seu equipamento. Para sua infelicidade, o dispositivo não abriu corretamente e ele sofreu uma queda livre de 57 metros.

O momento de sua morte foi registrado por diversos cinegrafistas e jornalistas que cobriam o evento no dia, como mostra no vídeo abaixo:

Fontes:

Forbes | Mental Floss

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